30 de abril de 2006

Saudade!


Dou comigo a pensar:

Como seria se tudo tivesse sido diferente?

Se a tua presença não fosse ausente?

Se pudéssemos escrever a nossa própria história?

E como seria se o destino se guiasse pelo que a gente sente?

Se é realidade o que guardamos na memória?

Que é como quem diz: no coração.

Se é verdade esta realidade?

Se não, porquê esta saudade que sinto de voltar a segurar a tua mão.

Será fruto da minha mente ou da imaginação?

A tua presença constante.

Este desejo de tornar realidade uma ilusão.

Uma rosa para ti.

Irmã do meu coração.

29 de abril de 2006

Vida


Um dia destes ouvi:

"Na vida, só podemos ter uma grande felicidade. Se tivermos duas, não o serão de verdade."

A mesma pessoa disse, também:

"Na vida não podemos ter tudo o que queremos, quando queremos tudo, mas podemos ter tudo o que necessitamos para sermos felizes."

Bom fim-de-semana (prolongado)!

27 de abril de 2006

Liberdade (ou não)

Há 32 anos, gente valente revolucionou o regime que governava o nosso país. Nessa altura, a repressão era uma constante na vida do dia-a-dia (dizem-me), a liberdade de expressão era uma mentira, ou estávamos de acordo com quem mandava (entenda-se ser amigo) ou tínhamos, muito provavelmente, os dias contados.

Hoje, 32 anos passados, o que mudou?

- A repressão continua, mas dissimulada (às vezes);
- A liberdade de expressão não é muito bem vista por quem manda e, frequentemente, traduz-se em consequências para quem acredita nos valores fundamentais de uma democracia;
- No trabalho, ou somos amigos das pessoas certas, ou temos os dias dificultados, e por vezes, contados.

Muita coisa mudou desde o 25 de Abril de 1974, mas o essencial ainda está por mudar: As mentalidades.

Viva a liberdade! (entenda-se por liberdade: o respeito pelo outro e não só a satisfação do meu ego).

Tenho dito!

24 de abril de 2006

Uma flor


Uma flor (tu).
Vontade de te ver, uma Ilusão.
O brilho de um astro.
Uma dor no coração!
Um olhar que faltou.
E também mais um gesto de ternura.
Um momento parado no tempo.
Um vazio que perdura.
Este teu lugar no meu coração.
Vazio, à espera do teu regresso.
Esta minha ilusão.
Esta minha esperança em poder voltar a dar-te a mão.
Um desejo permanente, constante e demente.
Esta falta que sinto de ti.
Esta tua vida que perdi.
Saudades estas que sinto! (Sentimos)

21 de abril de 2006

Abanar a árvore



Às vezes apetece-me abanar a árvore onde estou agarrado. Abanar a árvore para que as folhas secas caiam. Não falo de folhas velhas, folhas doentes ou folhas sensíveis. Falo de folhas secas e sem vida. Folhas que, se de alguma vida gozam, é porque a absorvem das folhas verdes que querem fazer da árvore uma árvore mais forte, mais saudável, mais feliz. Uma árvore que dê frutos para todos e que faça sombra para que todos possam descansar quando estão cansados.
É mais fácil não olhar para a folha do lado, não querer saber, deixar andar, e , enquanto durar o meu aparente bem-estar e o meu umbigo estiver satisfeito, não me dar ao incómodo de querer abanar a árvore que, a todos, dá guarida. É mais fácil fazer de conta. É mais fácil deixar andar e fazer que não é nada comigo. E se amanhã tudo mudar? Se uma folha seca me atacar e eu não tiver como me defender dos parasitas que comigo coabitam?
Serei apenas um número entre tantos outros? Sim serei. Mas durarei nesta vida o tempo que cada um me guardar na sua memória. O tempo de um recordar. E no fim o que serei? Uma folha ao vento, feliz por participar, por fazer a minha árvore crescer, por ajudar a construir algo em que acredito. Por isso, vou continuar a abanar a árvore que me dá alimento.

18 de abril de 2006

16 de abril de 2006

Mundo de pernas para o ar!


Hoje pus o mundo de pernas para o ar.

Ai como é bom assim brincar!
Com o sol na tola e as pernas para o ar.
Olhar para o céu e ver coisas sem fim,
e voltar para casa com esta energia toda, dentro de mim.


Adulterado do "amigo" Paulo Gonzo

Não cheguei a dar nenhum trambolhão (por pouco).

14 de abril de 2006

Boas Férias Sr.s Deputados!

Em declarações à rádio TSF, Vitalino Canas disse que o PS verificará «caso a caso todas as justificações dadas pelos deputados» socialistas que faltaram às votações no Parlamento, no final da sessão plenária.

«Se essas justificações se enquadrarem no que está previsto na lei naturalmente é uma ausência justificada. Se não se enquadrarem no que está previsto na lei, já disse o presidente da Assembleia da República, e muito bem, que será aplicada a sanção», acrescentou Vitalino Canas.

Sanção: aos que não conseguirem enquadramento na lei, atribui-se um subsídio (ou muda-se a lei) porque têm impulsionado o país para o topo da Europa e merecem todo o nosso esforço para o seu bem-estar.

Boas férias Senhores Deputados.

11 de abril de 2006

Sal da vida!


São flores de mar,
amores de Verão.
São desejos que flutuam no ar ao alcance de uma mão.
São caminhos perdidos na encruzilhada da vida.
Um olá, uma despedida.
São sonhos de uma noite de Verão.
São amizades construídas, montanhas escaladas, alegrias e tantas outras emoções,
são elas, as minhas paixões, as donas do meu coração. O sal da minha vida.

10 de abril de 2006

Humm!

Meus amigos, façam de conta que estiveram cá em casa e que comeram uma pasta (penne) al sapore di mare.

Que boa que estava! :)


Esta foi na minha casa, a próxima será na vossa!

8 de abril de 2006

Sempre o tempo!

Uma flor poderá não querer dizer nada. Ou poderá, esta, dizer que estive em Espanha e que o tempo voou. Voou como se num piscar de olhos, decorressem 16 horas.

É curioso como a noção de tempo varia com o seu passar. Na adolescência desejamos que passe depressa para podermos ter idade para fazermos o que desejamos. Enquanto adulto, desejo agarrar o tempo, guardá-lo numa caixa e poder gozá-lo aos poucos e fazê-lo durar um pouco mais.



O tempo é como a vida. E a vida é o que nós fazemos dela, umas vezes triste, outras vezes bela.

7 de abril de 2006

Beleza



Johann Wolfgang von Goethe, que nasceu em 1749, escreveu:
"A beleza está na simplicidade calma e serena."






Eu, que nasci em 1974, escrevo:

"A beleza está na simplicidade das coisas."

(ambos nascemos com os mesmos números, ordens diferentes)



6 de abril de 2006

Tempo


Ó tempo que corres veloz,
quão grande é o desejo que acalmes.
Ó tempo, ó tempo. Que fazes de nós?
Gente impaciente querendo agarrar sempre outro momento.
Nós que vivemos neste mundo demente.
Nós que nascemos bebés e morremos avós.
Que vemos o tempo escapar por entre os dedos.
Que vivemos alegrias e, às vezes, medos.
Descontentes com tudo e satisfeitos com nada.
Ó tempo!
imagem retirada de: http://www.oraculartree.com/sparenberg_HomeTalk.html

5 de abril de 2006

Juntar os trapos!

Há 9 anos juntei os trapos com a minha cara metade. Havia lugar para os trapos todos. Com dois rebentos pelo meio, peixes, pássaros, um camaleão e milhentas outras coisas sem vida (e daí não sei), o espaço vai diminuindo. Tudo aumenta menos a casa. Nove bons anos. Venham muitos mais como estes.

Uma flor para o meu amor.

4 de abril de 2006

Vozes ...

Oiço conversas sobre vidas que não conheço, sinto a alegria alheia, a dor e o desespero daqueles cuja vida não sorri, sinto que olhamos uns para os outros com vontade de partilhar o que nos vai na alma e no coração, mas não somos capazes de ir mais além e quebrar as regras que esta sociedade nos impõe. Vivemos presos, agarrados a medos em demasia, fechados na nossa concha, crendo estarmos protegidos dos outros, do mal - males - dos que nos circundam.
Vivemos sós, agarrados à solidão, presos ao receio de dar a mão, de abrir o coração. São liberdades perdidas, receios conquistados …

Ainda sobre o trabalho.


Se antes escrevi sobre o trabalho ...

Hoje constatei.

Mais vale fazer de conta que se trabalha, porque as aparências são o mais importante.

Desde que no papel tudo fique bonito ...

- Aqui está o relatório - disse eu.
- Só quatro linhas? Não achas que é pouco? - questionaram-me.
- Está aí tudo o que é necessário - retorqui.
- Junta mais qualquer coisa para encheres uma folha - pediram-me.
- As coisas são simples, não as vou complicar. Fica como está - concluí.

Ó gente que me ofende a pouca inteligência que me resta!

Praia quando chegas?

2 de abril de 2006

Trabalhar? Quem? Eu?

  1. Quem trabalha muito, erra muito.
  2. Quem trabalha pouco, erra pouco.
  3. Quem não trabalha não erra.
  4. E quem não erra ... é promovido.

Vou deixar de trabalhar.