31 de maio de 2006

Desabafos e agradecimentos!

I. Antes de mais, obrigado a todos os que comentaram as palavras de ontem. Acreditem, ajudaram-me.

II. Ainda ontem, uma mãe que tem um processo no tribunal de menores por abandono dos filhos (eu dou apoio a um deles e como TPC envio, por vezes: tomar banho, cortar as unhas e coisas afins - pois a mãe é uma galdéria) ameaçou a professora da turma, assim:

(a mãe) - Professora, tem visto os jornais? Agora eu vou avaliá-la, sabia? Por isso .... - fez tipo uma ameaça: ou tu me tratas bem ou tás lixada.

(a professora, estupefacta) - Minha senhora, pais Toxicodependentes (são uns quantos, lá na escola), Prostitutas (também são umas quantas) e mães que não ligam aos filhos (o caso desta e algumas mais) não avaliam os professores, por isso a senhora vá ... - disse a minha colega sem capacidade de argumentar mais. É inacreditável.

Haja paciência.

III. São 22:04 e só mesmo um café de creme suave e acidez refrescante de um travo a citrinos (pelo menos é o que diz o livrinho) me consegue manter acordado, mais 2 horas, para aprontar tudo para o dia de amanhã (entre outras coisas pessoais, também o trabalho para o filho da senhora acima referida).



Não há meio de me sair o Euromilhões!!!!!


30 de maio de 2006

A minha alma está parva!

Sou professor, gosto do que faço e acho que não o faço mal, mas a Sr.ª Ministra está a conseguir desmotivar-me completamente. Está a deixar-me com vontade de emigrar (não o irei fazer, pelo menos para já). E pelo que ouvi hoje de muitos colegas, a desmotivação é total. Seremos nós o cancro da sociedade? Ou serão os sr.s Políticos que absorvem até ao tutano os € de Portugal para seu próprio proveito (salvo raras excepções)?

Ligação ao Educare

Que frustração!

Nota: não é por ser avaliado pelos pais, já o sou todos os dias de forma implícita. Há muito escondido nas entrelinhas e muito mais do que aquilo que passa na televisão.

28 de maio de 2006

Flor

Quando as palavras escasseiam ...

... ficam as imagens.

No meu primeiro dia de praia deste ano.

27 de maio de 2006

Idade certa para casar!


Na perspectiva de uma criança de oito anos:
A idade certa para casar é "Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa."
Antes disso, toca a trabalhar. O tempo é curto para tudo.

25 de maio de 2006

Leituras

Hoje vou começar a ler: Uma chuva de diamantes, de Sveva Casati Modignani. Foi-me recomendado como uma leitura fácil. A ver vamos!

A imagem é do livro original de 1989, em Italiano

24 de maio de 2006

Saudade!


Quando a noite desce e o ritmo acalma, é nessas alturas, especialmente, que penso ti.

Sob o luar,

desejo perder-me no sonho e encontrar-te num qualquer sítio, num qualquer lugar.

Num lugar onde possamos estar juntos, novamente, e rir se nos apetecer, ou até mesmo, se quisermos, chorar.

Podia ser na praia, que tanto gostavas, com luar de Verão.

Podia ser num qualquer lugar, cerejas numa taça, dois dedos de conversa,

sem pressa,
junto dos que amavas, e no fim uma promessa:
.
a certeza de estarmos todos juntos, dia após dia, para sempre.
.
Desejo que o sonho me deixe voar até onde estás, para que a saudade acalme e a tristeza, a leve o vento, para um lugar distante.

23 de maio de 2006

Crash!

Ontem à noite, por volta das 23:50, pus-me ao computador para, aqui, deixar algumas palavras. Depois de 16 horas de actividade já as pernas se faziam sentir cansadas, tal como o meu cérebro que já necessitava de sono, mas quem se foi abaixo foi o computador que não me permitiu uns desabafos. Bloqueou e resolvi não o ligar mais. Máquinas, pouco resistentes, que nos fazem ficar de cabelos em riste.

Besabafos à parte: tal como tinha dito antes, as 16 horas (das 7:30 às 23:50) passaram num ápice e tal como o dia se passou, também a noite não se fez sentir, e hoje, às 7:30 lá tocou o relógio para mais uma jornada.

Deveria haver uma lei que nos proibisse de levantar da cama quando o corpo pede mais uma hora de sono.


21 de maio de 2006

Tempo - a propósito do relógio!


Por que me parecem as horas, minutos?
E os segundos, horas também?
Por que passa o tempo de forma tão inconstante, quando a constância é a sua maior virtude?
Por que passa tão devagar quando esperamos por alguém?

Por que passa tão rápido o tempo, quando queremos que ele passe devagar, desejando que nada mude.
Por que motivo passa o tempo? Tempo vai, tempo vem.

20 de maio de 2006

A música

"A noite não tem braços
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.

Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,

Porque tu,
Deixas em mim Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti."


"Deixas em mim tanto de ti" de Pedro Abrunhosa

18 de maio de 2006

Ruas!

No meu caminho passei por ruas nuas
de alma.
Vi gente perdida, portas abertas e janelas escancaradas
numa qualquer avenida.
Ou seria rua. Ou seria estrada.
Quais cavaleiros, no punho, uma espada.

Conversas soltas, de arma junto aos ouvidos.

Vejo meninos a brincar,
perdidos, num qualquer lugar.
Vejo casas degradadas, lixo e confusão,
e cães misturados com gente (ausente) deitada no chão.
À distância de um olhar,
a desgraça, da vida, daqueles que nunca aprenderam a caminhar
com sentido, orientados por um destino corrompido.
Ruas estas pelas quais, às vezes, caminho.

16 de maio de 2006

Onde vai isto parar?

Onde vai isto parar?



O Diário Digital noticia que Martins da Cruz demite-se de cargo na Afinsa, isto depois de ter

abandonado funções de administrador não executivo de outra empresa na semana passada. Já me esquecia, também é Embaixador. Quantos ordenados usufruirá? Conseguirá ele

desempenhar o seu trabalho com qualidade?
Sei que muitos profissionais não podem acumular funções, mesmo com ordenados que deixam muito a desejar. Algo está mal.

O mesmo diário noticia: Serviços Sociais da PSP investigados por alegada corrupção.

Onde vai o nosso país parar?

Será o Zé Povinho o responsável pela improdutividade deste nosso país? Ou anda cada um, dos que neste país mandam, à procura do seu lugar ao sol e o resto que se lixe?

Onde vai isto parar?

Ainda assim, Viva Portugal.


14 de maio de 2006

Porquê?

Porque é que não amamos com a mesma intensidade com que discutimos?
Porque é que não abraçamos com a mesma frequência com que nos afastamos ou fugimos?
Porque é que guardamos o que nos vai na alma e no coração? E guerreamos por tudo e por nada, mesmo quando não temos razão?
Porque é que ficam gravados mais fundo os momentos maus que os bons?
Porque é que tantos de nós vivem tristes, com tanto, quando basta tão pouco para sermos felizes?

12 de maio de 2006

Fim-de-semana

Sexta-feira, rima com descanso à sombra de uma bananeira.
Descanso à sombra de uma bananeira, rima com folia e brincadeira.
Folia, rima com falta de descanso todo dia.
Dia, rima com noite, mas ao contrário.
E eu estou louco e não escrevo nada que se possa guardar no armário.

Amanhã isto deve estar um pouco melhor.
Bom fim-de-semana.

11 de maio de 2006

Olhar da saudade


Às vezes deito-me na esperança de te ouvir,
de estar mais um pouco contigo,
de te sentir entre nós.

Fecho os olhos desejando que o sonho me deixe, novamente, ouvir a tua voz.

Desejo continuar no sonho um pouco mais, sempre um pouco mais.
O suficiente para te abraçar e me rir contigo.
O tempo necessário para te falar sobre o que se passou desde que partiste.
O suficiente para te dizer que todos sentimos saudades tuas.

Sorri.
Este é o olhar da saudade.
O nosso pensamento está em ti.

9 de maio de 2006

Esta pela que me veste.


Ó vento frio que sopras agreste.
Que me cortas a pele, esta pele que me veste.
Não sei se és o vento ou apenas o tempo que passa por mim.
Não sei quem és, nem porque o fazes assim.

8 de maio de 2006

Ser criança indesejada.


Olho com tristeza e dor, a dor e a tristeza de olhos alheios. O sofrimento daqueles que de outros dependem. São crianças indesejadas, geradas por gerar. São seres incompreendidos e maltratados que vagueiam nestes meus dias, neste meu (nosso) mundo de dor, neste mundo carente de amor.
De amor carecem porque não pediram para olhar a luz do dia.
Carregam o pesado fardo de não serem desejados. Aqueles que, mesmo mal tratados, amam quem faz com que não sejam bem-amados.
Crianças sem sorte, que vivem rodeadas de pobreza de espírito e de morte e de má sorte. São crianças que não puderam escolher aqueles que, não o fazendo, os deviam amar.
São estas as minhas crianças. (Algumas, pelo menos)

6 de maio de 2006

Quem quer dinheiro?

Vou ver as notícias no diário digital, no topo surge publicidade de crédito à habitação da CGD, um pouco mais abaixo, publicidade a crédito pessoal da Cetelem (este não tinha ainda ouvido falar). Passo pelo IOL para ver o meu mail e verifico que a Credial empresta mais e mais rápido, depois há Cofidis, Mediatis, e muitos mais.

Depois dizem os estudos efectuados via telefónica, que o povo português é o que tem mais dificuldades para pagar as contas no fim do mês. Porque será?

Para quem precisar de dinheiro, ficam as ligações aos respectivos benfeitores. Muitos ficaram de fora, mas são fáceis de encontrar em qualquer local, basta não fechar os olhos.

Bom fim-de-semana.

4 de maio de 2006

cara ou coroa?


Na minha santa ingenuidade (santo de mim) ainda vou acreditando que conheço minimamente as passoas que, diariamente, vou contactando na escola. Vou acreditando que por dentro, as pessoas são como aparentam ser por fora, que quando dizem qualquer coisa, o querem dizer realmente, que quando têm algo a dizer o fazem de frente e pela frente. Mas não são essas pessoas, cuja capa bonita camufla o esterco que as constitui, que me vão fazer mudar e deixar de acreditar que, um dia, todos têm o que merecem.
Será?

3 de maio de 2006

Terei visto bem ou não?

Ontem, a PSP desenvolveu uma rusga no bairro da Torre, em Camarate, relacionada com as investigações ao tráfico de armas.

Fiquei espantado de ver tanta parabólica da TV Cabo (pareceu-me) nos telhados das barracas. Fez-me lembrar a minha escola. Os alunos subsidiados, cujos pais usufruem de rendimento mínimo (acho que agora tem outro nome), são os que têm playstation, tv cabo, gameboy, telemóvel e por aí adiante.

Há algo estranho, não há? Ou será impressão minha?

Realmente isto está mau, mas não é para todos. É só para os que trabalham honestamente. Para alguns são tantas as facilidades, tantos subsídios para passarem os dias nos cafés e os seus filhos (paletes deles e cada um de seu pai ou mãe) depositados nas escolas.


Imagem retirada de: www.vetpet.si

2 de maio de 2006

Pedinte


Uma mulher, na casa dos vinte, mostra-me um cartão quando paro no semáforo vermelho, a caminho da escola. No cartão pude ler um pedido de ajuda enquanto, da sua boca, saíam muitas palavras, que eu não entendia. No canto superior direito do cartão, a fotografia de uma criança.

A mulher parecia ser dos países de Leste.

A minha expressão nem a consigo descrever. Seria de desilusão, por não a ter ajudado (queria dinheiro)? Seria de desconforto, por alguém me abordar pedindo ajuda? Não sei.

Dinheiro não dou a ninguém porque penso que poderá ser para tabaco, bebida ou outras porcarias que não as necessidades primárias de alguém e isso faz-me sentir mal. Mas podia até ser para a alimentação da menina da foto ou da própria mulher. No fim, fiquei a sentir-me mal e a pensar que podia ser a foto dos meus filhos no cartão e eu no lugar da mulher. E, assim, eu gostaria que me (nos) ajudassem.

1 de maio de 2006

Dias e Dias

Há dias em que o cérebro vai-se apagando com o chegar da noite, e hoje é um desses dias.
Boa semana para quem por aqui passar.