30 de maio de 2007

Sou ...


Sou o mar que te abraça,

Sou o vento que sentes na pele,

Sou a música que ouves no ar,

Sou o calor do sol e a luz do luar.

Sou a areia que pisas,

e a concha que apanhas à beira mar.

E sou os peixes que vês a nadar.

Sou o fogo e o céu e a terra e o ar também.

Sou tudo e sou nada,

E, sem ti, sou ninguém.

21 de maio de 2007

Parte de mim III

Eu danço: quando me apetece (raramente).

Eu canto: às vezes com os meus filhos e com os meus alunos. Eles dizem que eu canto bem - pobres crianças, não sabem como estão enganadas. Mas não sou eu que lhes vou dizer o contrário.

Eu choro: às vezes!

Eu falho: muitas vezes, mas tento aprender a cada vez que isso sucede.

Eu "luto": quando discordo, mas se me provarem que estou enganado, mudo.

Eu escrevo: muito e gosto de o fazer. Um dia quero escrever um romance (já comecei).

Eu ganho: sempre que acordo e que vejo as pessoas que amo (em todas as formas de amar), por mais um dia que seja.

Eu perco: quando dou importância excessiva a coisas e pessoas que não o merecem.

Eu confundo-me: facilmente, quando ando de carro. Não seria a primeira vez que, querendo ir a Lisboa, entro na auto-estrada para Espanha.

Eu estou: a ver o noticiário, actualizar o blog, a corrigir trabalhos da escola, e a ouvir a máquina a loiça.

Eu fico feliz: quando consigo fazer outra pessoa feliz também.

Eu tenho esperança: que um dia as coisas melhorem (santa ingenuidade)!

Eu preciso: de pouco, mas quero sempre mais que isso.

Eu deveria: adiantar trabalho e deixar-me destas coisas, mas é mais forte do que eu.

Eu sou: tudo o que já vivi e serei o que me falta viver.

Eu não gosto: de ter de contar o dinheiro, todos os meses, para ver se chega para pagar as contas e restantes extras. Mas que se há-de fazer?

E prants: acabôsse. UFA!

20 de maio de 2007

Parte de mim II

Continuando ...

Eu imploro: não é meu hábito implorar, mas se o tiver de fazer, que seja por algo realmente importante!

Eu procuro: ser fiel aos meus princípios e ser feliz.

Eu arrependo-me: de não pensar 1000 vezes antes de dizer o que penso (só em certas ocasiões, claro)!

Eu amo: a minha cara metade, os meus filhotes e todas aquelas coisas (incluindo fauna , humana ou não, flora e restantes artefactos) que me fazem feliz.

Eu sinto dor: às vezes, em especial quando me dói alguma coisa. Esta semana senti dor: no dentista (valeu a anestesia), quando fui fazer um passeio de bicicleta (mais pareceu uma tortura, mas valeu a pena).

Eu sinto a falta de: tanta coisa e, no entanto, só uma delas é realmente importante: a minha amiga Gui, que já não está fisicamente entre nós.

Eu importo-me: com todos aqueles de quem gosto e também com aqueles que não conheço, mas que não se podem defender e que não têm culpa das asneiras dos adultos.

Eu sempre: acreditei e continuo a acreditar que tudo acontece por algum motivo - só que a maior parte das vezes demoro a entender e outras vezes nunca chego lá, mas como também não sou nada perspicaz ...

Eu não fico: de braços cruzados muito tempo. Tento ser o comandante do meu barco (eu).

Eu acredito: que um dia isto há-de melhorar! Não sei é quando.

Já está quase no fim.

17 de maio de 2007

Parte de mim

Aqui vai a resposta ao desafio de quem comanda o blog: Sei que existes.


Um pouco de mim: Como é muito texto vai sendo publicado aos poucos.

Eu quero: ser feliz, claro! Isto pressupõe: saúde (minha e dos meus, e já gora dos outros também, mas uma dor de barriga não fazia mal a algumas pessoas), amor, amizade, €, ....

Eu tenho: tudo e nada. Passo a explicar: tudo, porque a balança pende mais para a felicidade; nada, porque tudo o que é bom e me faz feliz pode desaparecer de um momento para o outro, mas tento não pensar muito nisso.

Eu acho: que muitos de nós somos os grandes causadores da nossa infelicidade! (não são minhas as palavras, mas podiam ser)

Eu odeio: a maldade e a falsidade.

Eu sinto: que tudo o que é realmente bom é difícil de obter e é breve. Não devia ser assim, mas paciência. Amanhã será outro dia.

Eu escuto: menos do que devia e queria! Apesar de ter duas orelhas e uma boca, consegui inverter a máxima: ouvir o dobro do que se fala, ou falar metade do que se ouve. - devo ser um caso de estudo!

Eu cheiro: tudo o que me envolve (quando não estou constipado)!

Cenas do próximo capítulo ... (está ao fogo)

13 de maio de 2007

Fazer a diferença!



"Os Coristas" é o nome de um filme extraordinário. Vi-o hoje, emprestado por uma amiga, e aconselho-o a todos os que gostam de um bom filme.

Fez-me acreditar (ou continuar a acreditar) que todos podemos fazer a diferença! A juntar ao querer, mistura-se o crer e, com sorte, haveremos de o conseguir.

7 de maio de 2007

Verde


Montes até a vista não mais alcançar, o céu azul claro e o sol tão brilhante que quase nos cega. Verde a unir a terra ao céu num equilíbrio perfeito ou quase, não fosse o branco de uma ou outra casa salpicar o verde de mil e um tons. Do Verde água ao verde-escuro. Juntam-se aos verdes os castanhos dos troncos e da terra, vermelhos, rosas, laranjas e outras tantas cores que os sentidos não conseguem distinguir. A natureza quase intocável num equilíbrio e numa harmonia tão fortes quanto frágeis. As estações sucedem-se umas às outras num ciclo imutável desde sempre.



Esta é a terra que me faz sentir feliz.: a Serra Algarvia.

4 de maio de 2007

O Sol brilha!

O sol brilha todos os dias, mas brilha ainda mais quando uma criança de 7 anos - meu aluno - que foi de férias ao seu país natal durante um mês, me vê e me abraça e chora e não me larga durante uns minutos, mesmo com a mãe ao seu lado.
Mais palavras não saem.
Obrigado Gusthavo.

2 de maio de 2007

Sem tempo!

Ó tempo que me foges depressa,
sem me dar tempo ao tempo.
Quero olhar o mar e ficar,
ficar parado no tempo o tempo de um pensamento!
Quero fechar os olhos e sentir o vento nesta pele que me veste!
Quero olhar à minha volta e poder ver sem ser a correr o que se passa em redor!
Quero agarrar cada momento e guardá-lo para sempre em mim.
Quero, quero, quero ...
É este querer que não decresce,
É esta vontade de tudo fazer e que nos leva a pouco viver.
Porque é tão curto o dia em cada dia e a noite em cada noite?
Ó tempo que não olhas para trás!
Pudesse, e dir-te-ia: pára tempo que te quero sentir com mais prazer. Pára tempo e dá-me tempo para viver. Pára tempo e deixa-me, no teu embalo, adormecer. Para poder acordar desperto e mais perto do que é bem viver.