Oiço conversas sobre vidas que não conheço, sinto a alegria e a dor alheia, e o desespero daqueles cuja vida não sorri. Sinto que olhamos uns para os outros com vontade de partilhar o que nos vai na alma e no coração, mas não somos capazes de ir mais além e quebrar as regras que esta sociedade nos impõe. Vivemos presos, agarrados a medos em demasia, fechados na nossa concha, crendo estarmos protegidos dos outros, do mal - males - dos que nos circundam.
Vivemos sós, agarrados à solidão, presos ao receio de dar a mão, de abrir o coração. São liberdades perdidas, receios conquistados, alegrias esquecidas.
Vivemos sós, agarrados à solidão, presos ao receio de dar a mão, de abrir o coração. São liberdades perdidas, receios conquistados, alegrias esquecidas.