Com os seus três anos, a frase saiu assim: Ó, atice, agoia vou moê. (Ó, que chatice, agora vou morrer) - não foi bem uma interrogação nem uma afirmação, acho que foi mais uma "exclamação interrogativa afirmada". Para ele tudo é natural - a tia Gui, que ele tanto gostava, adoeceu e morreu - no seu íntimo deve achar que é assim com toda a gente. Lá lhe explicámos que só ia ter comichão e que teria de ficar em casa uns dias.
- 'Tá bem! - disse ele.
"As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações"
Antoine de Saint-Exupéry
5 comentários:
Há coisas que nos acontecem em pequenos que nos acompanham a vida toda...mesmo quando entendemos e pensamos como adultos, nada nos tira o que sentimos enquanto crianças...eu tenho muitos "episódios" de infância, que apesar de os entender agora, não apagam aquilo que senti na altura...As melhoras do petiz, mas é mais uma pró histórico clinico, lol.
As crianças veem tudo de uma forma mais simples...os adultos são muito complicados...
Ignorar por vezes é bom quando se trata de aliviar o sentimento. Quanto mais sabemos mais sofremos, e quanto mais crescemos mais complicamos também!
Eu gostava de encarar a morte com a naturalidade de uma criança, mas é que o que a vida me ensinou até hoje não permite que a olhe de ânimo tão leve!
A criança está melhor?
o principezinho é um livro excelente e ajuda imenso!
(xculpa a invasão)
Keratina: obrigado!
Diário de um anjo: tens toda a razão.
O país e o mundo: vai melhorando devagarinho. As borbulhas demoram a secar.
Joaninha: tás xculpada! É verdade, O Principezinho é um excelente livro e também ajuda.
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