3 de outubro de 2006

Ser

Não fosse o céu azul,
ou o mar as lágrimas do amor.
Não fosse o sol o fogo que ilumina,
e eu seria tudo e todos para ver em ti o doce olhar de menina.
Tivesse de ser o mar para te ter,
ou de agarrar a lua para te poder abraçar,
e eu seria tudo e todos para te amar.
Eu seria a areia que acaricia os teus pés,
daquela praia vazia que percorres de lés a lés.
Eu seria os peixes do mar e os pássaros que voam.
Eu seria tudo e todos menos aquilo e aqueles que te magoam.
Eu seria o vento fresco do Norte,
no Verão quente do Sul.
Eu seria a tua sorte ou o doce sabor do mel.
Eu seria o ar que respiras,
e seria as mãos ternas que acariciam a tua pele.
Não fosse o céu azul e o mar também.
Eu seria apenas o vento que passa, mas, assim, eu sou aquele que te ama mais do que todo o alguém.

Dedicado a quem amo, de todas as formas de amar e a todas as pessoas que amam, apenas por ser essa a sua forma de estar.

7 comentários:

RIC disse...

Uma declaração de amor é sempre algo único e íntimo e, ao mesmo tempo, tem um alcance universal. Parabéns pelo poema! Fazer corpo com a Natureza é uma necessidade cada vez mais premente. Consegue-lo muito bem, Vido. Obrigado!

Vido disse...

Ric: de nada e Obrigado.

Anónimo disse...

:) Também seria...

Vido disse...

mh: Sê. Devíamos ser todos, não é? Talvez o mundo não andasse neste estado em que anda.

Anónimo disse...

Não resisto ao comentário:mais uma vez constato que cada recanto do teu ser, a tua postura perante a Vida e o amor incondicional que dedicas aos tb meus 2 anjinhos e à minha loirinha "já não dte", prova que a personagem do Begnini em "A Vida é Bela" não é ficção.
Bjos com amor triplicado.

Lua disse...

lindo :)

foreveryoung disse...

Está profundo e deliciosamente belo!
Bj