Para que o vento não as leve ... deixo-as gravadas ao alcance de um olhar, para que perdurem no tempo, o tempo que cada um desejar.
2 de maio de 2006
Pedinte
Uma mulher, na casa dos vinte, mostra-me um cartão quando paro no semáforo vermelho, a caminho da escola. No cartão pude ler um pedido de ajuda enquanto, da sua boca, saíam muitas palavras, que eu não entendia. No canto superior direito do cartão, a fotografia de uma criança.
A mulher parecia ser dos países de Leste.
A minha expressão nem a consigo descrever. Seria de desilusão, por não a ter ajudado (queria dinheiro)? Seria de desconforto, por alguém me abordar pedindo ajuda? Não sei.
Dinheiro não dou a ninguém porque penso que poderá ser para tabaco, bebida ou outras porcarias que não as necessidades primárias de alguém e isso faz-me sentir mal. Mas podia até ser para a alimentação da menina da foto ou da própria mulher. No fim, fiquei a sentir-me mal e a pensar que podia ser a foto dos meus filhos no cartão e eu no lugar da mulher. E, assim, eu gostaria que me (nos) ajudassem.
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