8 de maio de 2006

Ser criança indesejada.


Olho com tristeza e dor, a dor e a tristeza de olhos alheios. O sofrimento daqueles que de outros dependem. São crianças indesejadas, geradas por gerar. São seres incompreendidos e maltratados que vagueiam nestes meus dias, neste meu (nosso) mundo de dor, neste mundo carente de amor.
De amor carecem porque não pediram para olhar a luz do dia.
Carregam o pesado fardo de não serem desejados. Aqueles que, mesmo mal tratados, amam quem faz com que não sejam bem-amados.
Crianças sem sorte, que vivem rodeadas de pobreza de espírito e de morte e de má sorte. São crianças que não puderam escolher aqueles que, não o fazendo, os deviam amar.
São estas as minhas crianças. (Algumas, pelo menos)

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