18 de maio de 2006

Ruas!

No meu caminho passei por ruas nuas
de alma.
Vi gente perdida, portas abertas e janelas escancaradas
numa qualquer avenida.
Ou seria rua. Ou seria estrada.
Quais cavaleiros, no punho, uma espada.

Conversas soltas, de arma junto aos ouvidos.

Vejo meninos a brincar,
perdidos, num qualquer lugar.
Vejo casas degradadas, lixo e confusão,
e cães misturados com gente (ausente) deitada no chão.
À distância de um olhar,
a desgraça, da vida, daqueles que nunca aprenderam a caminhar
com sentido, orientados por um destino corrompido.
Ruas estas pelas quais, às vezes, caminho.

3 comentários:

O Mafarrico disse...

Parabéns pela escrita! Compreendo-te... eu sei que o inferno existe, mas aqui, na terra. Caminha lado a lado com o quotidiano e é visível nos olhos daqueles que andam perdidos e rendidos... Um abraço!

Vido disse...

Obrigado pelo comentário!

Lua disse...

Ruas onde nos perdemos para nos encontrarmos... e nos voltarmos a perder outra vez... Ruas despidas de nós e no entanto ainda ali estamos. Ainda pertencemos. Ainda somos e queremos ser.